O fundo imobiliário BTLG11, administrado pelo BTG Pactual, divulgou um novo relatório gerencial com formato atualizado e dados que reforçam sua transparência e desempenho. O documento apresenta crescimento nos rendimentos, melhora operacional e consolidação do fundo como um dos principais representantes do setor logístico no Brasil.
Rentabilidade e valorização das cotas
O BTLG11 anunciou rendimento de R$ 0,79 por cota, levemente superior aos R$ 0,78 pagos no mês anterior. O aumento, embora pequeno, confirma a consistência do fundo em elevar os dividendos ano após ano. Essa trajetória de crescimento contrasta com outros FIIs logísticos, que mantêm valores estáveis há mais tempo.
Com o novo patamar, o dividendo anualizado atinge 9,5%, refletindo o sólido desempenho operacional. No mercado secundário, as cotas são negociadas a R$ 104,19, praticamente em linha com o preço justo estimado em R$ 103,87. O fundo acumula valorização de 16% nos últimos 12 meses, acompanhando a recuperação dos fundos imobiliários no segundo semestre de 2025.
Portfólio robusto e vacância mínima
O BTLG11 possui 33 imóveis, dos quais dois estão em processo de venda, totalizando 1,3 milhão de m² de área bruta locável. Cerca de 90% dos ativos estão localizados no estado de São Paulo, principal centro logístico do país.
A vacância financeira de 1,7% confirma a eficiência na gestão de locações. O imóvel BTLG Campinas atingiu 100% de ocupação após nova locação de 1.300 m², firmando contrato de cinco anos com uma empresa do setor logístico.
O fundo também assinou compromisso de compra de ativos do SAR11, avaliados em R$ 448 milhões, com fechamento previsto para outubro, ampliando a diversificação do portfólio.
Inquilinos de alta qualidade e contratos de longo prazo
Entre os principais locatários estão Açaí, DHL, Unilever, Amazon e BRF, empresas reconhecidas pela solidez financeira e relevância nacional. Os 20 maiores inquilinos representam 71% da receita imobiliária total, assegurando previsibilidade de caixa.
Quase metade dos contratos (49%) têm vencimento a partir de 2029, o que garante estabilidade de longo prazo. Em relação aos reajustes, 11% dos contratos serão corrigidos em outubro, o que pode gerar acréscimo nas receitas futuras.
Estrutura financeira e alavancagem controlada
Com patrimônio de R$ 4,6 bilhões, o BTLG11 está entre os maiores FIIs logísticos do Brasil. O fundo mantém caixa de R$ 332 milhões, além de ativos líquidos de R$ 331 milhões e R$ 91 milhões a receber de vendas em andamento.
A dívida total é de R$ 131 milhões, considerada baixa e administrável diante da liquidez e do patrimônio do fundo. Mesmo utilizando parte dos resultados acumulados para sustentar os dividendos, a gestão mantém reserva de R$ 32,7 milhões, o equivalente a R$ 0,74 por cota, além de R$ 9,7 milhões em valores a receber.
Essa estrutura reforça a capacidade do fundo de manter ou ampliar rendimentos no encerramento de 2025, possivelmente repetindo o movimento de dezembro de 2024, quando distribuiu R$ 0,86 por cota.
Perspectivas e posição no mercado
O novo modelo de relatório foi desenvolvido para melhorar a comunicação com os investidores e detalhar os indicadores financeiros e operacionais. A gestão segue com foco em crescimento sustentável, expansão de portfólio e gestão ativa de imóveis.
Com vacância reduzida, base diversificada de locatários e reajustes anuais atrelados ao IPCA, o BTLG11 se consolida como um fundo de referência no segmento logístico, combinando estabilidade de dividendos, potencial de valorização e baixa volatilidade.
O cenário de juros elevados ainda desafia o mercado imobiliário, mas o desempenho consistente do BTLG11 reforça seu papel como opção de renda previsível e proteção patrimonial para investidores de longo prazo.
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