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Início » VISC11 mantém dividendos e reserva robusta mesmo com Selic alta e vendas em queda nos shoppings
Fundos Imobiliários

VISC11 mantém dividendos e reserva robusta mesmo com Selic alta e vendas em queda nos shoppings

Mesmo com desaceleração das vendas e juros em 15%, o fundo imobiliário de shoppings VISC11 sustenta rendimentos estáveis e reserva de R$ 1,18 por cota
André CarvalhoPor André Carvalho1 de novembro de 20253 minutos lidos
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VISC11
VISC11

O Vinci Shopping Centers (VISC11), fundo imobiliário focado em shoppings centers, continua mostrando resiliência diante do cenário econômico restritivo. Negociado na faixa de R$ 108 a R$ 109, o VISC11 distribui R$ 0,81 por cota, mantendo a consistência mesmo com o varejo perdendo fôlego por causa da Selic em 15% ao ano.

O fundo gerou R$ 0,76 por cota no mês, distribuindo R$ 0,81 com uso parcial das reservas acumuladas. A reserva total soma R$ 1,18 por cota, garantindo margem de segurança para manter os pagamentos dentro do guidance de R$ 0,80 a R$ 0,85.

Vendas e NOI desaceleram, mas receita se mantém firme

As vendas totais dos lojistas cresceram apenas 2,8% e as vendas mesmas lojas (SSS) avançaram 1,7%, refletindo o impacto da política monetária contracionista. Ainda assim, os aluguéis reajustados pela inflação sustentam parte da receita, e o fundo segue com taxa de ocupação de 94%, uma das mais elevadas do segmento.

Essa desaceleração não é exclusiva do VISC11. Outros fundos de shopping, como HSML11, HGBS11 e XPML11, também vêm registrando perda de fôlego em suas vendas e no NOI. A gestão reforça que o desempenho ainda é saudável diante do cenário macroeconômico atual.

Alavancagem e fluxo financeiro sob controle

Para adquirir a participação no Shopping Paralela, o fundo utilizou parte de sua alavancagem, elevando os compromissos futuros. O fluxo de pagamento previsto é de R$ 100 milhões nos próximos dois anos, dentro de uma dívida total de R$ 224 milhões, sendo R$ 22 milhões com vencimento até o fim de 2025.

Mesmo com essa pressão, o VISC11 mantém liquidez média de R$ 35 milhões por dia e quase 300 mil cotistas ativos, demonstrando boa capacidade de negociação e ampla base de investidores.

Cenário macro pressiona o setor, mas fundamentos seguem sólidos

A alta da Selic tem afetado diretamente o varejo, reduzindo consumo e impactando o desempenho dos shoppings. O efeito se espalha por todo o setor, mas o VISC11 mantém uma estrutura diversificada e reservas expressivas, o que garante previsibilidade de caixa e estabilidade de rendimentos.

Reserva robusta garante tranquilidade ao cotista

Com reserva acumulada equivalente a mais de um mês de distribuição e portfólio pulverizado em diversas regiões do país, o VISC11 segue como uma opção sólida dentro dos fundos imobiliários de shopping. A expectativa é que, com a redução dos juros, o consumo se recupere e o fundo volte a registrar crescimento consistente nos resultados operacionais.

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André Carvalho
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Jornalista formado pela UFBA, especializado em Economia e Mercados Financeiros. Com mais de 10 anos de experiência, acompanha conjuntura econômica, política monetária e as decisões do Banco Central.

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