O fundo imobiliário ALZR11 divulgou seu relatório gerencial de setembro e, mais uma vez, mostrou porque é considerado um dos FIIs híbridos mais sólidos da Bolsa. Mesmo com um cenário macroeconômico desafiador, o fundo manteve vacância física e financeira zeradas, apresentou lucro líquido de R$ 10,3 milhões e distribuiu dividendos acima da previsão da própria gestão.
Negociado atualmente a R$ 10,58 por cota, o ALZR11 opera com P/VPA de 0,99, indicando pequeno desconto de 1% em relação ao seu valor patrimonial justo de R$ 10,66. Em 12 meses, o fundo acumula valorização de 13% e dividend yield de 9,24%, atraindo cada vez mais investidores — já são mais de 170 mil cotistas.
Indicadores financeiros reforçam solidez do fundo
O desempenho operacional segue estável e acima da média. A receita mensal totalizou R$ 11,95 milhões, com despesas de R$ 1,36 milhão, resultando em lucro líquido de R$ 10,34 milhões — o suficiente para pagar R$ 0,084 por cota, superando o piso projetado entre R$ 0,08 e R$ 0,082.
Indicador | Valor |
---|---|
Cotação atual | R$ 10,58 |
Valor patrimonial (P/VPA) | 0,99 |
Patrimônio líquido | R$ 1,3 bilhão |
Dividend Yield (12 meses) | 9,24% |
Caixa disponível | R$ 242 milhões (19% do PL) |
Dívida total | R$ 484 milhões |
Imóveis no portfólio | 23 |
Vacância física e financeira | 0% |
Base de cotistas | +170 mil |
O relatório destaca ainda que dois terços dos contratos foram reajustados pelo IPCA acumulado (5,1%), e novos reajustes estão previstos para os próximos três meses, o que deve impulsionar a receita recorrente até o final de 2025.
Caixa bilionário e alavancagem controlada
Mesmo com uma dívida de R$ 484 milhões, o fundo mantém R$ 242 milhões em caixa, o equivalente a cinco anos de obrigações financeiras cobertas. A gestão também ressaltou uma reserva acumulada de lucros de R$ 4,70 por cota, o que dá margem para manter ou até elevar o patamar atual de dividendos.
Essa robustez financeira reduz o risco de descasamento e garante que o ALZR11 mantenha distribuições mensais previsíveis, mesmo em cenários de oscilação do mercado imobiliário.
Portfólio de alta qualidade e diversificação exemplar
Com 23 imóveis 100% ocupados, o ALZR11 é considerado um fundo híbrido de tijolo pela combinação entre galpões logísticos, data centers, imóveis comerciais e de renda urbana.
A localização é outro ponto de destaque: 67% dos ativos estão em São Paulo, seguidos por participações no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Entre os principais inquilinos estão marcas de peso como Coca-Cola, BRF, Mercado Livre, OBA, Balduco, Sky e Açaí, empresas com baixo risco de inadimplência e contratos de longo prazo — alguns com vigência superior a 18 anos.
O que o histórico do ALZR11 revela
Um dado chama a atenção: sempre que o P/VPA do ALZR11 ficou abaixo de 1, o fundo se valorizou. Isso ocorreu em 2018, 2020, 2022 e novamente no fim de 2024.
Com o P/VPA atual de 0,99, o fundo pode estar diante de mais um ponto de virada, especialmente se a taxa Selic começar a recuar em 2026.
Além disso, a gestão ativa e as vendas pontuais de ativos com lucro têm garantido reforço nas distribuições mensais — um diferencial que poucos FIIs mantêm de forma recorrente.
Estabilidade e oportunidade
Com vacância zero, contratos reajustados, inquilinos de alta qualidade e gestão ativa, o ALZR11 mantém sua reputação como um dos melhores fundos imobiliários base 10 da B3.
Mesmo com alavancagem moderada, o fundo apresenta segurança financeira e bom potencial de valorização, sendo indicado para investidores que buscam renda passiva previsível e exposição ao mercado imobiliário real.
O cenário atual sugere que o ALZR11 pode entrar em nova fase de valorização, e o relatório de setembro é um sinal claro de que o fundo segue no caminho certo.
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