A recente elevação da classificação de crédito do Brasil pela agência Moody’s marca um momento crucial para a economia brasileira, de acordo com autoridades do Ministério da Fazenda. A mudança, anunciada na terça-feira (1), ajustou a nota de emissor de longo prazo do país de Ba2 para Ba1, aproximando o Brasil de recuperação do grau de investimento tão desejado.
Com essa atualização, o real brasileiro registrou uma alta de 1% em relação ao dólar americano logo na abertura dos mercados. Além disso, os juros futuros caíram, ainda que os vencimentos mais longos permaneçam acima de 12%, uma taxa considerada elevada por analistas econômicos.
De acordo com uma fonte sênior do Ministério da Fazenda, que falou sob condição de anonimato, a elevação da nota de crédito reflete um ajuste necessário diante do ceticismo do mercado, que vem precificando pessimamente os ativos brasileiros. “Essa revisão, somada à perspectiva positiva, deve incentivar o retorno de investidores estrangeiros, antecipando uma possível recuperação do grau de investimento até 2026”, afirmou a autoridade.
O pessimismo atual do mercado, conforme apontado por uma segunda autoridade, reflete em grande parte uma visão “ideológica” sobre a condução das finanças públicas pelo governo Lula. Contudo, o governo mantém o seu compromisso de eliminar o défice primário em 2024, reforçando o foco em medidas fiscais responsáveis.
Apesar do otimismo, o cenário ainda apresenta desafios. A dívida bruta do Brasil atingiu 78,5% do PIB em agosto, um aumento de 4,1 pontos percentuais no ano. Os especialistas expressaram preocupações sobre a substituição da nova estrutura fiscal do país, especialmente após medidas recentes governamentais relacionadas a gastos e isenções fiscais.
Com o Brasil a apenas um nível de reconquistar o status de grau de investimento, o caminho traçado pelo Ministério da Fazenda promete mais ajustes até 2025, na esperança de estabilizar a economia e restaurar a confiança no mercado.
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