O Brasil continua exercendo seu papel de destaque no setor de FinTech da América Latina, mesmo em meio a uma desaceleração significativa nas atividades de negócios no segundo trimestre de 2024. De acordo com dados recentes, a região registrou uma queda de 77% nas transações , totalizando apenas 39 negócios, em comparação aos 169 realizados no mesmo período de 2023. O volume de financiamento também foi impactado, com uma redução de 31%, somando US$ 444 milhões em investimentos, contra os US$ 639 milhões do ano anterior.
Apesar dessa retração, o Brasil consolidou sua posição como o país mais ativo no mercado de FinTech da América Latina, representando 38% das transações realizadas no trimestre. No total, o país fechou 15 negócios, um número ainda expressivo diante da queda de 80% em comparação aos 74 negócios do segundo trimestre de 2023. O México, com 23% de participação e nove transações, e o Chile, com 15% e seis negócios, completamos a lista dos países mais ativos. Embora esses números também representem uma queda significativa em relação ao ano passado, com reduções de 70% e 68%, respectivamente, os três países continuam dominando o setor de FinTech na região.
O destaque do trimestre ficou com a conta da empresa brasileira Celcoin, especializada em Banking as a Service (BaaS), que garantiu o maior investimento do período na América Latina. A rodada de financiamento, patrocinada pela Summit Partners, totalizou US$ 125 milhões. A Celcoin, que oferece soluções financeiras integradas para bancos e empresas, processou mais de 200 milhões de transações Pix por mês e registrou um crescimento de 140% na receita recorrente anual no primeiro trimestre de 2024, alcançando US$ 63 milhões. O capital recebido será utilizado para ampliar ainda mais sua atuação nos mercados de BaaS e finanças integradas.
Mesmo em um cenário de retração, a Celcoin tem se destacado no setor, com aquisições estratégicas que reforçam sua presença no mercado, como Galax Pay, Flow Finance, Finansystech e Reg+. A empresa segue impulsionando a inovação e ampliando sua liderança em um ambiente desafiador, o que reflete a importância do Brasil no cenário de FinTech da América Latina.
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