O banco JP Morgan revisou suas estimativas para a Auren Energia (AURE3), elevando o preço-alvo de R$ 11,50 para R$ 13,60, o que representa um potencial de valorização de cerca de 30%.
Apesar da projeção otimista, a recomendação permaneceu neutra, refletindo preocupações com o alto nível de endividamento da companhia.
De acordo com relatórios de mercado, a alavancagem elevada continua sendo o principal ponto de atenção para investidores. Embora o fluxo de notícias recentes traga fatores positivos, o risco financeiro ainda limita o espaço para valorização no curto prazo.
Decisão judicial de R$ 500 milhões melhora liquidez da Auren
Entre os destaques recentes, a Auren obteve uma decisão favorável sobre uma indenização de R$ 500 milhões referente a investimentos não amortizados da antiga CESP. O crédito, noticiado pela Reuters, reforça a liquidez da companhia e ajuda a aliviar parte da pressão sobre o balanço.
Mesmo com o efeito positivo, analistas destacam que a decisão tem impacto pontual e não altera de forma estrutural a situação financeira da empresa. O principal desafio segue sendo a redução da alavancagem e a recuperação da rentabilidade operacional.
Auren: análise técnica e pontos de entrada
Atualmente, Auren (AURE3) negocia a 0,97 vez o valor patrimonial, ligeiramente acima da faixa de atratividade estimada entre 0,92 e 0,60 vez o P/VP.
Essa faixa de desconto representa o patamar em que a ação costuma ser considerada interessante para investidores de longo prazo.
Os principais níveis técnicos observados são:
Zona de desconto: entre R$ 10,65 e R$ 9,60 — considerada atrativa para novos aportes.
Faixa ideal (“prime time”): entre R$ 9,60 e R$ 8,60 — voltada a investidores otimistas com o cenário de 2026.
Zona de realização: acima de R$ 11,70 — momento indicado para proteção de lucros.
A expectativa de médio prazo é que AURE3 alcance entre R$ 14,95 e R$ 15,40 nos próximos 12 a 18 meses, caso o ambiente macroeconômico se mantenha estável e o processo de desalavancagem avance.
Operações e comportamento de curto prazo
A volatilidade implícita das opções de Auren permanece entre 26% e 29%, segundo cálculos de mercado. O prêmio médio estimado para contratos de curto prazo gira em torno de R$ 0,73, o que indica eficiência na precificação dos riscos e baixo potencial de valorização imediata.
Especialistas avaliam que o momento atual exige cautela, com foco em operações pontuais e posicionamentos graduais, especialmente em um cenário de juros ainda elevados e incerteza fiscal no país.
Perspectivas: oportunidade para 2026, mas cautela agora
A Auren Energia (AURE3) segue consolidada como uma das principais companhias do setor elétrico brasileiro, com portfólio diversificado em geração e transmissão. Entretanto, o elevado endividamento e a ausência de dividendos consistentes reduzem o apelo de curto prazo.
O papel tende a se tornar mais atrativo à medida que a empresa reduzir a alavancagem e retomar lucros operacionais. Assim, 2026 desponta como um período mais promissor para quem busca reprecificação e retorno de médio prazo.
No cenário atual, a recomendação predominante é de observar e aguardar correções de preço antes de novos aportes. Para investidores pacientes, a Auren permanece no radar como uma oportunidade futura, especialmente se houver retomada da distribuição de proventos.
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